terça-feira, 23 de setembro de 2025

Filosofia do Idealismo.

O idealismo é uma corrente filosófica que defende que a existência das coisas no mundo depende das ideias presentes no espírito humano. Para os filósofos idealistas, a realidade é conhecida por meio dessas ideias. Ou seja, o contato dos seres humanos com o mundo é mediado pelas ideias. O Idealismo, de uma fora generalista, acredita que as ações humanas são guiadas pelas ideias. A posição do Idealismo pode parecer absurda à primeira vista, mas se a analisamos com cuidado percebemos que ela começa a fazer sentido. Pense no gosto, no cheiro, no tato e na visão. São estas sensações que nos fazem perceber as coisas, e todas as coisas estão dentro do mundo. Este termo, das correntes filosóficas, foi utilizado pela primeira vez por Leibniz referente à filosofia idealista de Platão. Porém, essa doutrina é associada também a Santo Agostinho, relacionado à teoria da subjetividade; O filósofo inicia um modo de busca da interioridade, ou subjetividade, muito próprio e influenciará pensadores posteriores. Desenvolve a ideia do Eu o qual configura um lugar interior privado que se pode ir para procurar Deus. Para chegar a esse eu interior, faz-se necessário o retorno a si e serão os sinais exteriores expressarão a interioridade. O retorno a si realizado por Agostinho é incialmente inspirado pelas leituras dos platônicos que o conduz a “retornar a mim mesmo, entrei no íntimo do meu coração sob tua guia, e o consegui, porque tu te fizeste meu auxílio. Ao retornar a si mesmo sob a guia de Deus enxergando com os olhos da alma enxerga as verdades encontradas até entre os pagãos, mas soltas sem a unidade. Guiado pelo novo olhar o ato de confessar é ressignificado, não será no âmbito do mundo e do sensível que encontrará respostas, mas servirá para encantar e levará todas as imagens, sensações e lembranças ao homem interior. Nessa empreitada da busca interior o homem se servirá de nossas três faculdades memória, inteligência e vontade. A vontade existe para nos fazer querer desfrutar da memória e da inteligência onde encontramos o conhecimento e as ciências. Assim o homem voltando a si encontrará o conhecimento e a felicidade, isto é a beatitude, que coincide com o supremo bem que em última instancia é a verdade. Encontrar a verdade é identificar o propósito da vida que é ser feliz. Somente poderá ser feliz aquele que vive de acordo com a sua natureza e, portanto, sabe o que quer. Descartes na evidência do cogito; Cogito ergo sum (Penso, logo existo!) é a primeira e mais fundamental evidência da verdade da qual se deve partir. Isso quer dizer que todo conhecimento possível é humano, até mesmo as interpretações sobre Deus, o que se diz dele. Alguns filósofos pensavam na época, que Descartes tinha exagerado ao afirmar “eu penso”; um deles, o filósofo Georg Lichtenberger, observou: “Deveríamos dizer 'há pensamento' exatamente como dizemos 'troveja'”. A ideia é que a referência a um “eu” como sujeito do pensamento é abusiva. Husserl com a corrente fenomenológica. Husserl afirma que a atitude natural, não-fenomenológica, faz o homem olhar o mundo de maneira ingênua como mundo dos objetos. A fenomenologia, ao contrário, busca uma fundamentação totalmente nova, não só da filosofia, mas também das ciências singulares. Para os filósofos idealistas, tudo o que existia no mundo exterior ao eu, isto é, no mundo material, era resultado do trabalho da mente e das ideias. Assim, a realidade era considerada como uma criação da mente, e não algo dado pelo mundo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Filosofia Pós Moderna

Pode ser considerada como a mais recente e aberta corrente filosófica existente. Surgiu para quebrar o paradigma da filosofia “moderna” e é considerada por muitos, como uma filosofia que zomba de si mesma. Nesse conceito das correntes filosóficas, temos Heráclito, Nietzsche, Wittgeinstein, Thomas Kuhn, Michel Foucault e Jacques Derrida. Estes são os grandes (e talvez mais estudados) filósofos desta corrente. Os filósofos pós-modernistas pós-estruturalistas em geral, argumentam que a verdade sempre depende do contexto histórico e social, em vez de ser absoluta e universal, e que a verdade é sempre parcial e "em debate", em vez de ser completa e certa. O pensamento pós-moderno baseia-se na teoria crítica, que considera os efeitos da ideologia, da sociedade e da história na cultura. O pós-modernismo e a teoria crítica geralmente criticam as ideias universalistas de realidade objetiva, moralidade, verdade, natureza humana, razão, linguagem e progresso social. Principais características do pós-modernismo • Individualismo e subjetividade • Hedonismo, consumismo e narcisismo • Comunicação e indústria cultural • Imprecisão e espontaneidade • Liberdade artística e formal • Arte destituída de hierarquizações • Ausência de valores • Niilismo artístico • Polifonia e intertextualidade • Multiplicidade de estilos • Combinação de tendências • Arte eclética e híbrida • Hiper-realismo • Aproximação com a cultura popular • Humor e crítica • Imaginação e criatividade • Cotidiano banalizado • Realidade ambígua e multiforme

terça-feira, 15 de julho de 2025

Filosofia Metafisica

Metafísica é uma palavra grega que significa “além da natureza”. Metafísica é um estudo filosófico iniciado por Aristóteles, que passou a tentar compreender o que chamava de “ser enquanto ser” sem necessidade de intervenção prática. O início da metafísica está na filosofia grega clássica. Na prática, segundo os estudiosos, a metafísica é a busca pela realidade das coisas em seu conceito máximo. Assim, o objetivo é tentar buscar o entendimento dos conceitos mais primários e introdutório de cada ideia, analisando o seu contexto. Portanto, diz-se que a metafísica é o início do processo filosófico para analisar as diferentes realidades. Os primeiros princípios da Metafísica descrevem justamente os princípios lógicos da identidade, da não contradição, e do terceiro excluído. Essas relações servem para garantir a realidade do mundo. Dados esses três princípios lógicos, Aristóteles fundamentou o que foi chamado de Etiologia, isto é, o estudo da Causa. A metafísica tem quatro causas: Causa material: de que a coisa é feita? No exemplo da casa, de tijolos. Causa eficiente: o que fez a coisa? A construção. Causa formal: o que lhe dá a forma? A própria casa. Causa final: o que lhe deu a forma? A intenção do construtor. Antes da classificação de Andrônico de Rodes, o próprio Aristóteles chamava os seus estudos de Metafísica de “Filosofia Primeira” por se tratar de um conjunto de conhecimentos independentes de qualquer atividade empírica e de qualquer experiência sensorial. Mesmo sendo um estudo iniciado por Aristóteles, Platão é considerado o pai da metafísica, e se tornou um dos maiores autores do pensamento ocidental, influenciando inúmeras gerações até hoje.

terça-feira, 10 de junho de 2025

Filosofia Politica

A política tem relação a tudo que compreende a administração de uma cidade, como as leis, a sociedade, a cidadania, entre outros conceitos. A filosofia política entra nesse contexto. Começou com os pensamentos de Platão, na Grécia, ele defendia que os cidadãos deveriam se dividir em três classes: as pessoas comuns, os soldados e os guardiões. Apenas esses últimos poderiam exercer o poder político. Segundo o pensamento platônico, para afastar o mal era necessário conhecer e respeitar a justiça. Ao longo do tempo, a filosofia política se debruçou no contexto de cada época, seja no mundo romano, onde não havia tradição filosófica, suas crenças baseavam-se em religião e deuses, suas preocupações eram ligadas a moral, direito imposto e conquistas sem questionamentos mais profundos do certo e errado, e havia uma forte influência estóica, enquanto na Grécia já existiam movimentos de pensadores e estudiosos. Na idade média, onde a premissa básica a respeito da vida política medieval era a seguinte: a pessoa que possuísse uma determinada porção de terra credenciava-se como o líder capaz de exercer autoridade em nome de Deus, e certamente almejava, ou considerava respeitado por todo povo. Já a filosofia politica nos tempos modernos se caracteriza por uma profunda preocupação com as questões políticas, que perpassam as teorias da maior parte dos filósofos da época. O próprio nascimento do Estado Moderno impõe à filosofia o desafio de pensar suas bases em termos de legitimidade perante os súditos, mas sem perder sua essência e liberdade. Na contemporaneidade, o pensamento politico filosófico, traz a maneira de pensar racionalmente desenvolvida desde o final do século XVIII até os dias atuais. A Revolução Francesa é o marco inicial da chamada Idade Contemporânea, da qual a filosofia contemporânea faz parte.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Vamos falar sobre o respeito.

O respeito é a capacidade de ter em consideração os sentimentos das outras pessoas. É um dos valores mais importantes na condução da vida de uma pessoa, pois pode influenciar as decisões, os relacionamentos e o modo de viver. Esse valor pode ser manifestado de diferentes formas. Um exemplo é o respeito às diferenças. O respeito é o espaço de permissão ao diálogo, á críticas, à livre manifestação, à diversidade, ao conhecimento, ao acolhimento e à escuta. A não aceitação das diferenças gera desentendimentos que podem ser acompanhados de violências. E isto depende muito da integridade de cada pessoa e na forma como cada indivíduo trata o outro. Quem dá respeito, ,e bem provável que colhe esse respeito, mas isto não é uma certeza. Oque é certo, é que para ser respeitado, é preciso respeitar os outros e também a sí mesmo. A arte de se fazer respeitar é simples, basta para isto manter a calma, tratar a si mesmo e aos outros com dignidade e se expressar de maneira clara e em qualquer circunstância não atacar ninguém verbalmente. Quando ouvimos dizer que o respeito começa em casa, esta perante a mais pura verdade. O respeito do pai pela mãe, da mãe pelo pai, dos pais pelos filhos, e dos filhos pelos pais. É este o alicerce da formação não só do respeito, mas um dos principais pilares da formação do caráter. Onde não existe respeito, não existe ética, e se não agimos com ética e respeito em nossa vida, estamos fadados ao fracasso. É de extrema importância respeitar os valores humanos que fundamentam a vida em sociedade. Seja em relações interpessoais ou em vista de normas, regras ou de um poder instituído. O respeito pode se dar em diferentes níveis de relações de poder e hierarquia. Em relações de inferioridade, igualdade e superioridade hierárquica ou de poder. Porém, o respeito não deve ser confundido com a tolerância, uma vez que ninguém é obrigado a aceitar aquilo que fere seus princípios de moral e ética. Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos de 1861 a 1865, escreveu em um dos seus discursos: - O autorrespeito é a raiz da disciplina. A noção de dignidade cresce com a habilidade de dizer não a si mesmo.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Um homem chamado Sigmund Freud.

Um homem chamado Sigmund Freud. Biografia de Sigmund Freud Sigmund Freud era o irmão mais velho de oito irmãos e, ainda criança, foi com sua família morar em Viena, atual capital austríaca. Era um bom estudante e tinha fluência em idiomas diversos como inglês, grego, francês e latim. Aos 17 anos, Freud ingressou em Medicina na Universidade de Viena, local onde se desenvolveu academicamente, primeiro em pesquisas laboratoriais diversas e depois, no Hospital Geral de Viena, na parte clínica, mas sempre envolvido em pesquisas, principalmente em neurologia nessa fase da sua vida. Dentre seus experimentos estão o uso de cocaína para tratar dores de cabeça e ansiedade, juntamente com metanfetamina, substâncias que não eram proibidas nessa época. Mas Freud abandonou esses estudos após surgirem evidências problemáticas sobre o uso das duas drogas citadas. A maior contribuição de Freud se deu pela psicanálise, uma das abordagens da psicologia até hoje e que tem no austríaco o seu “pai”, por ter sido o grande expoente da teoria. Em suas sessões terapêuticas, ele colocava seus pacientes em um divã, sem contato visual com os pacientes, em um formato que, segundo a psicanálise, promovia uma penetração maior no inconsciente da mente humana. Por ser judeu, Freud precisou fugir de Viena em 1938, após ter livros de sua autoria queimados, ser perseguido e ver uma de suas filhas ser presa por forças nazistas. Quatro irmãos de Freud morreram em campos de concentração. Freud faleceu em 23 de setembro de 1939, de câncer na boca, adquirido em decorrência de seu hábito de fumar desde sua juventude e após passar por mais de 30 cirurgias, inclusive retirando parte de sua mandíbula e instalação de uma prótese. Aqui listamos 15 citações do pai da psicanálise e um doas mais importantes pensadores do século XX. 1 — “Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte.” O luto e a morte são temas expostos na frase, que indica a necessidade de superar o medo de morrer para ter uma vida mais plena e consciente. 2 — “A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar em outro lugar o que ela não nos pode dar.” Freud é um defensor da ciência que auxilia a revelar dados e fatos sobre o que nos rodeia e, nessa citação, ele evidencia que a não descoberta científica de algo não significa que a realidade sobre aquilo estaria em outros campos. 3 — “O primeiro humano que lançou um insulto ao invés de uma lança foi o fundador da civilização.” A frase tem um toque de ironia, mas demonstra como as relações humanas foram sendo construídas, mesmo em cenários adversos, e como elas são importantes para o desenvolvimento das sociedades. 4 — “O humor é uma das formas mais elevadas de defesa do ego.” A psicanálise entende o humor como um mecanismo de defesa dos humanos, sendo uma das funções psíquicas mais elevadas e reconhecidas por diversos pensadores. 5 — “O ego não é mestre em sua própria casa.” A frase, escrita na obra “Uma Dificuldade no Caminho da Psicanálise”, mostra que o consciente atua como mediador, controlando os impulsos humanos através de regras e conceitos morais. 6 — “Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio.” Para Freud, podemos nos defender de toda e qualquer crítica, que seriam, nesse caso, os ataques, mas que os elogios, por afetarem nosso ego, tende a nos deixar expostos, já que ele possibilita, por exemplo, a manutenção de um comportamento visto como positivo, o que nem sempre é bom para nossas vivências. 7 — “Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fôssemos de ferro.” A analogia descrita por Freud nessa frase implica que muitas vezes os humanos tentam se proteger com armaduras, que seriam comportamentos e aparências, que atrapalham a situações e momentos que exigem crescimento e tomada de decisões. 8 — “O dinheiro não nos dá prazer, mas a ausência dele nos causa dor.” Freud abordou o dinheiro e representações monetárias em algumas de suas teorias na psicanálise, e a frase fala sobre o que ele representa para os humanos enquanto sociedade e poder. 9 — “O pensamento é o ensaio da ação.” A reflexão que acontece antes de cada tomada de decisão é abordada nessa frase como uma forma de evitar erros passados e acontecimentos indesejados. 10 — “Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida.” Freud também tem suas inspirações, e essa frase lembra muito a citação mais famosa do filósofo grego Sócrates: “Só sei que nada sei”. É importante, segundo essa linha de pensamento, ter a dúvida como ponto de partida para o conhecimento. 11 — “A imaginação é a ponte entre a mente consciente e a mente inconsciente.” Um dos conceitos mais explorados pela psicanálise é a imaginação, que é vista como um acesso a conteúdos ocultos do inconsciente, como conflitos reprimidos e desejos da mente humana. 12 — “A primeira exigência que se faz a um médico é que ele seja um observador cuidadoso.” Freud, como já dito, é um defensor da ciência, e a observação dos casos clínicos faz parte de uma boa anamnese, e por isso, ele acredita que ser um bom observador é uma exigência valiosa para os médicos. 13 — “A religião é uma tentativa de superar a dor da consciência da impotência do homem.” Ao perceber-se impotente, o homem, segundo Freud, passa a atribuir o que não é ou foi explicado pela ciência pela crença, que ocupa um lugar emocional, e não racional, na mente humana. 14 — “A mente humana é como um iceberg, flutuando com uma pequena parte acima da água e uma grande parte abaixo dela.” Freud tem a analogia do iceberg como um exemplo sobre como funciona a mente humana, sendo a parte exposta o consciente e a parte submersa como o consciente 15 — “O que não conseguimos nos lembrar, ficará conosco como uma ação.” A importância do inconsciente é novamente discutida na frase acima, que mostra um pouco sobre como funciona a mente humana, segundo as teorias freudianas. As informações que ficam no inconsciente podem ser resgatadas, mesmo depois de serem “esquecidas”, e isso faz parte do sistema neural humano.

quarta-feira, 12 de março de 2025

As Faces da Verdade.

veritas, aletheia e emunah Mas afinal, quais são elas? Será que existe uma verdade universal, uma única concepção do que seja verdade? Ou, pelo contrário, coexistem diversas concepções e entendimentos sobre o que seja a verdade? Será que o entendimento do que seja verdadeiro se transforma no decorrer do tempo? Há pelo menos três entendimentos sobre o que seja a "verdade" que marcam o pensamento e o entendimento sobre o mundo, sobre os seres e as coisas. Um deles parte do latim "veritas", outro vem do grego "aletheia", e o terceiro do hebraico "emunah". No ocidente herdamos um entendimento sobre verdade que se aproxima muito ao "veritas" do latim, que relaciona a ideia de verdade com as noções de precisão, exatidão e ao rigor. Trata-se de um relato que busca entender os fatos por meio de enunciados sistemáticos, conferindo ao status de verdade a precisão e o estudo metódico sobre as coisas. Podemos perceber esta tendência nos discursos de verdade e nos termos que utilizamos ainda hoje, como "veredicto", "verossímil", "averiguado", "verificado", ambos transmitem a ideia de um juízo estabelecido que é legitimado pela noção de verdade enquanto algo que foi minuciosamente verificado, analisado e comprovado. Este entendimento de verdade, estabelece uma clara distinção entre a verdade e a mentira, onde a mentira estaria relacionada com a ideia de falsificação dos fatos, relacionada ao uso de ideias imaginárias ou enunciados que alterados intencionalmente. Diferente desta concepção, quando partimos do grego, a verdade era entendida por "aletheia", termo composto por dois elementos: "a", que significa negação, e "lethe", que significa ocultamento. Neste sentido, a verdade seria aquilo que não está oculto, ou que foi desocultado, se opondo ao que está encoberto ou escondido. A verdade, enquanto aletheia, corresponde ao entendimento de que a verdade está nas coisas mesmas que aparecem, mas para alcançar é preciso que estas sejam desocultadas. Esta compreensão foi abordada por pensadores da Grécia Antiga e pelo filósofo alemão Martin Heidegger, se relacionando com a concepção da fenomenologia, de algo que se mostra por meio de seu desocultamento. Segundo a fenomenologia, fenômeno é aquilo que aparece, que não se oculta. Entende que há vários desvelamentos possíveis da coisa que aparece, seja esta um objeto, um indivíduo ou um acontecimento. Por isso a fenomenologia ser uma filosofia dos fenômenos, e não dos fatos. Além disso, existem vários níveis de desocultamento, e a verdade estaria justamente no aparecer e desvelar.  Uma terceira concepção, segundo o hebraico, a verdade carrega o termo 'emunah', e seu significado está mais próximo da ideia de confiança num Deus ou num amigo que cumpre o que promete. Esta compreensão evidencia a importância da fidelidade e da honra num pacto realizado, estando relacionada aos que não traem a confiança. A origem da palavra emunah é a mesma que a palavra "amém", que significa "assim seja". Por isso, essa noção de verdade está relacionada ao cumprimento de um pacto, contendo uma crença na esperança, na espera do que foi prometido e que será cumprido, se referindo a um futuro que será ou acontecerá.  De modo sintético, pode-se dizer que veritas está mais relacionada a situações que aconteceram e que podem ser estudadas metodicamente, aletheia se refere as coisas que são, ou que estão sendo, tal como se mostram enquanto estão sendo, e emunah se refere as coisas que serão ou que podem ser. Podemos, portanto, relacionar essas três tendências às noções de passado, presente e futuro. Aletheia (Grego)– Aquilo que se manifesta aos nossos olhos, o não oculto. Emunah(Hebraico)- A verdade eunquanto promessa. Veritas(Latin)- A verdade com precisão. Como história contada e verificada. Agradecimento a Bruno Carrasco, pela pesquisa. Fonte: https://www.ex-isto.com/2019/08/verdade-veritas-aletheia-emunah.html

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Os Sete Demônios da Humanidade.

Segundo Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, os sete demônios que assombram a humanidade são: 1. Preguiça: Nietzsche acreditava que a preguiça era uma das maiores inimigas do desenvolvimento humano. Ele argumentava que a busca por conforto e comodidade muitas vezes leva as pessoas a evitarem o esforço e a se contentarem com uma vida medíocre. 2. Medo: Nietzsche via o medo como um obstáculo para a liberdade e a autenticidade. Ele acreditava que o medo limita nossa capacidade de agir e nos impede de enfrentar os desafios da vida de forma corajosa e determinada. 3. Conformismo: Para Nietzsche, o conformismo é uma das principais causas da mediocridade e da falta de originalidade. Ele argumentava que a sociedade exerce uma pressão constante para que as pessoas se conformem às normas e expectativas estabelecidas, o que inibe a expressão individual e a busca pela excelência. 4. Ressentimento: Nietzsche via o ressentimento como uma emoção negativa que surge quando nos sentimos injustiçados ou inferiorizados. Ele acreditava que o ressentimento impede o crescimento pessoal, pois nos leva a desejar a destruição daqueles que consideramos superiores a nós, em vez de buscar nosso próprio desenvolvimento. 5. Negação da vida: Nietzsche argumentava que muitas pessoas negam a vida e buscam refúgio em ideologias ou crenças que prometem uma existência melhor após a morte. Ele via essa negação da vida como uma forma de escapismo, que impede as pessoas de enfrentarem os desafios e as oportunidades que a vida oferece. 6. Moralidade repressiva: Nietzsche criticava a moralidade tradicional, que ele considerava repressiva e limitadora. Ele argumentava que essa moralidade, baseada em conceitos como o bem e o mal, inibe a expressão individual e impede o florescimento das potencialidades humanas. 7. Nihilismo: Nietzsche via o nihilismo como uma consequência da negação da vida e da moralidade repressiva. Ele argumentava que o nihilismo é a crença de que a vida não tem sentido ou valor intrínseco, o que leva as pessoas a se sentirem perdidas e sem propósito. É importante ressaltar que esses “demônios” não devem ser interpretados literalmente, mas sim como metáforas para os obstáculos que podem impedir o florescimento humano e a busca por uma vida autêntica e plena. Agradecimentos ao professor Edgar Falcão pela pesquisa.

Filosofia do Idealismo.

O idealismo é uma corrente filosófica que defende que a existência das coisas no mundo depende das ideias presentes no espírito humano. Par...