sexta-feira, 10 de maio de 2024

O Homem e seu tempo

Lúcio Aneu Séneca, um dos mais célebres filósofos estoicos do Império Romano, escreveu em sua obra ``A brevidade da vida´´ que o homem deveria ter uma visão mais racional da maneira como utiliza seu tempo de vida. Ele alerta que não devemos pensar que um homem viveu muito, passou por experiências positivas apenas porque tem cabelos brancos e rugas no rosto, pois ele pode não ter vivido muito mas apenas existiu muito, na maior parte de sua vida viveu de maneira medíocre. Segundo ele, Algumas pessoas realmente vivem uma pequena parte de suas vidas, o restante não podemos chamar de vida na sua essência, mas apenas de uma passagem de tempo. Segundo Séneca, o homem descuida seu presente preocupando-se com seu futuro, não devemos negar a nós mesmos a oportunidade única de viver o presente tentando organizar o futuro. A ansiedade daquilo que esta por vir depende do amanhã, e nos afasta cada vez mais do presente, e se não o vivermos hoje, amanhã ele já será passado. Não devemos protelar a realização de nossos sonhos pelo receio do futuro, agimos como mortais em tudo que tememos, mas como imortais em tudo que deixamos para fazer amanhã. O homem procura respostas sobre seu destino mas se as tivesse certamente não saberia o que fazer com elas, pois se cada um de nós pudesse ter em suas mãos a contagem exata de seus últimos dias, da mesma maneira como podemos fazer com nosso passado, inquietos ficariam aqueles que vissem apenas alguns anos a sua frente, outros nem tanto. Mas o importante é saber como usariam seus últimos anos, será que se revelaria a sombra obscura que até então estava escondida no fundo de suas almas, ou seus princípios morais, éticos e religiosos os fariam proclamadores de palavras e atitudes de bondade e esperança entre os menos favorecidos da sociedade. Talvez por esta incerteza o futuro ainda nos é uma incógnita, a vida segue seu curso e não se alongará pela ordem de um magistrado ou pelos clamores de uma nação. Da mesma maneira que tornou-se vida no primeiro segundo de sua existência, ela seguirá percorrendo pelo tempo, não se detendo nem tampouco desviando seu curso por motivo algum, e assim passamos uns pelos outros sem nos darmos conta de que carregamos algo valioso, único em cada um de nós, algo chamado vida, que seguirá obstinadamente até chagar em seu destino final. Infelizmente perdemos tempo precioso discutindo eventos que estão sob o controle do destino, no futuro, e negligenciamos o presente, aquilo que está sob nosso controle. A maneira imatura como alguns homens usam seu tempo gera uma carga de ansiedade muito grande, tornando-os perturbados pelos seus medos do que esta por vir, aflorando seus traumas mais íntimos, e até mesmo em seus momentos de lazer, com suas famílias ou em completa solidão continuam atormentados, mesmo quando estão totalmente sozinhos são a sua pior companhia.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Liberdade ou solidão

Sabe aquele momento em sua vida quando ninguém te acorda de manhã, e ninguém espera por você a noite, quando você pode fazer da sua vida o que quiser sem precisar dar satisfações. Alguns chamam isto de liberdade, outros chamam de solidão.

quarta-feira, 13 de março de 2024

Provérbio chinês

Existe um antigo provérbio chinês que diz que quando duas pessoas vem andando por um caminho, cada uma delas carregando um pão, quando elas se encontrarem, se elas trocarem os pães, cada uma delas vai embora levando um pão. Mas quando duas pessoas vem andando pelo mesmo caminho, cada uma delas carregando uma ideia, quando se encontrarem, se trocarem as ideias, cada uma delas vai embora levando duas ideias.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

A comodidade do pessimismo

O pessimismo tem um duplo sentido negativo, o primeiro é embaçar a perspectiva de futuro, o segundo e retardar a motivação, ou seja, destruir a ação quase por completa. O pessimismo é cômodo pois desobriga a nós de pensar no dia de amanhã. Apenas esperamos acontecer, e se não der certo diremos: eu já sabia.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Bons ou Maus

O escritor suíço Jean-Jacques Russeau (1712/1778), um dos principais filósofos do Iluminismo, em seu livro ``O contrato Social´´ escreveu que: O homem é bom por natureza, é a sociedade que o corrompe. Este é um assunto que muitos pesquisadores, filósofos e escritores já expuseram suas teorias mas ainda nada podemos afirmar como definitivo. Segundo oque o Filósofo e matemático inglês Thomas Hobbes escreveu em sua obra `` Leviatã´´, O Absolutismo tornava a sociedade mais organizada e segura, era necessário um estado soberano e forte para manter a paz do cidadão e educá-lo e que não necessariamente o indivíduo seria corrompido pela sociedade, mas é bem possível ele corromper a sociedade com a mal que trazia consigo. Para Hobbes o homem nasce mau e com instintos selvagens e cabe a sociedade humanizá-lo, excluindo qualquer preceito ou doutrina religiosa. Já o pensamento de Russeau era de que o homem bom em contato com a sociedade má era contaminado pela maldade ao seu redor. Seria a mesma teoria que afirma que as crianças nascem puras e tornam-se pecadores quando entram em contato com os males que estão a sua volta. Para Jean-Jacques Russeau o primeiro passo para para deixar o bem agir é não fazer o mal, temos que ser fiéis aos nossos princípios, oque não significa que sejamos preconceituosos ou orgulhosos. Russeau afirmava que devemos sempre agir com prudencia, pois a ideia de que temos razão pode nos enganar, mas a nossa consciência nunca. O filósofo pregava que devemos agir sempre com cautela e direcionados para o bem, nunca deixar que a opinião de terceiros possa influenciar em nossa concepção do bem e do mal, pois aquele que tem o grito mais forte nem sempre tem a competência para liderara o grupo. Russeau era um incentivador da cultura ao alcance de toda sociedade, segundo ele o cidadão é respeitado em proporção a sua cultura.

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Síndrome de Peter Pan

Em 1983 o psicólogo norte americano Dan Kiley (1912/2004) escreveu uma obra falando sobre a síndrome e Peter Pan. Segundo ele são características que despertam no indivíduo comportamentos infantis e inseguros, e isto os impede de amadurecer normalmente. Sendo assim acabam falhando em diversos campos da vida adulta. Na verdade, ser adulto é uma questão de entendimento do seu real significado, e isto já tem como base a própria definição da palavra no dicionário ´Michaellis` pois nele a palavra adulto significa; quem atingiu o máximo de seu crescimento a a plenitude de suas funções biológicas. Parece-nos que em uma visão mais ampla passar passar para esta fase da vida é uma questão biológica, mas que está interligada diretamente com a idade. Já a definição de se tornar adulto na ótica da psicologia existe uma definição mais ampla sobre o assunto; adulto é aquele possui maturidade emocional e intelectual e que apresenta adequada integração social ao pensar e atuar de maneira equilibrada e sensata. Ou seja, tornar-se adulto nada tem a ver com idade, mas sim com período em que alcançamos a maturidade emocional. Paralelo com a síndrome de Peter Pan, os psicólogos detectaram processos comportamentais que chamaram de; complexo de Wendy. Wendy na história do Peter Pan é a menina com responsabilidades, irmã mais velha e que deseja crescer. Assim como a Síndrome de Peter Pan tem esse nome devido às características do personagem, o Complexo e Wendy não é diferente. O Complexo de Wendy é caracterizado por uma preocupação excessiva das mulheres em relação ao bem estar do outro. Ela se sente imprescindível, tenta de qualquer jeito fazer a outra pessoa feliz, se desculpa por tudo. Elas procuram ser aceitas e temem a rejeição. As mulheres com esse complexo são muitas vezes vistas como uma figura maternal, e em relacionamentos amorosos, perpétua a imaturidade do homem e a Síndrome de Peter Pan. Fonte de pesquisa; telavita.com.br/filosofia.com

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Ética Moral e Crenças.

Hoje vivemos em uma trindade onde alicerçamos nossas escolhas para vivermos em harmonia social, são elas; a ética, a crença e a moral, e todas tendem a levar-nos, se seguirmos fielmente seus valores, a encontrar a felicidade interior. Vale lembrar que a influencia de nossas crenças religiosas quanto a alcançar nosso objetivo pregam em sua maioria, o sacrifício como princípio vital para o encontro da felicidade, mesmo que somente após a morte, ao passo que a ética e a moral nos mostra que a paz interior pode ser alcançada ainda em vida, tudo depende de nossos princípios. Mesmo que não percebamos esta trindade nos acompanha em nosso cotidiano, e a diferença esta na maneira como nos posicionamos frente a cada situação, determinado ou complacente. Na obra ` Ilíada ´ escrita pelo filósofo Homero no século IX AC, o autor ressalta que; Quem se submete ao jugo são os que os deuses mais escutam. Esta afirmativa revela que a séculos somos instruídos de que a subserviência tem suas recompensas, desde a infância ouvimos que obedecer é bom, obedecer os pais, os professores, os mais velhos, e crescemos sabendo que submeter-se aos lideres do rebanho tem seus méritos. Escolhemos a servidão voluntária porque ela agrada aos deuses. Platão, um dos maiores pensadores da Grécia antiga e discípulo de Sócrates tinha a concepção de que ética, moral e virtude não seriam avaliadas através de bens materiais, mas sim pelo engrandecimento da alma e a autenticidade e transparência de nossas atitudes. Mesmo que suas obras abordassem a imortalidade da alma e o mundo metafísico, Platão juntamente com Aristóteles, Pitágoras, Epicuro, Heráclito, e muitos outros filósofos da Grécia antiga jamais abriram mão de suas individualidades e liberdade de escolha. A trindade da ética, crença e moral estão presentes em nosso mundo a séculos, e cabe a nós decidimos como elas devem influenciar nossas vidas, seguimos os caminhos da filosofia buscando a paz interior através do conhecimento de nós mesmos, ou simplesmente entregamos o leme do nosso destino a terceiros.

O Homem e seu tempo

Lúcio Aneu Séneca, um dos mais célebres filósofos estoicos do Império Romano, escreveu em sua obra ``A brevidade da vida´´ que o homem de...