terça-feira, 23 de outubro de 2012

A Despedida do Inconsciente


Olha demoradamente para meu corpo, que já sem vida descansa neste gelado ataúde.
Perceba o angustiante silêncio desta fúnebre capela totalmente vazia.
Estás agora completamente sozinha, nem eu contigo mais estou.
Mas onde estão aqueles que em momentos festivos brindavam e sorriam ao seu lado?
Onde estão aqueles aos quais tu defendia tão fervorosamente quando por mim
eram criticados?
Onde esta o ombro amigo para consolar-te neste momento de infortúnio?
Todos se foram!
Apenas meu cadáver,inerte,continua a teu lado.

Se lágrimas caírem em tua face,certamente não será pela perda,
mas pelo desolador sentimento de abandono.
Nesta congelante noite de inverno,despede-te daquele
que em sentimento já deixaste a muito tempo. 

Parece-me que a vida imita a morte,
pois estivemos sempre sós 
mesmo quando rodeados por muitos.
Nossa soturna solidão era de mágoa,dor.

Se o ambiente lúgubre deste local causar-te arrepios,
e sentir-te envolvida em um sufocante desespero...
Acostume-se...
Pois toda minha vida ao teu lado foi assim!
  



O Homem e seu tempo

Lúcio Aneu Séneca, um dos mais célebres filósofos estoicos do Império Romano, escreveu em sua obra ``A brevidade da vida´´ que o homem de...