terça-feira, 23 de setembro de 2014

A hora Morta


Existem coisas que não podemos ver,não podemos tocar,mas sabemos que estão aqui.
Em nossa mente formamos imagens,tentamos dar forma para aquilo que sabemos existir,mas não conseguimos corporizar.Sombras,calafrios,ruídos,sobressaltos em meio  sono,tudo indica que algo nos vigia,alguma coisa nos acompanha.
Mas o que seria?
E porque?
De onde vem?
Talvez venha originar-se da região mais profunda de uma caverna,das entranhas mais sombrias do oceano,ou até mesmo da soturna e lamacenta cratera no centro da terra.
Tudo é incógnita.
Tudo é mistério.
Mas extremamente real.
Na hora morta,onde o sol já se pôs,mas a lua ainda não surgiu,é neste momento que a sombra maligna cobre toda terra.As nuvens movimentam-se com maior rapidez,tocadas que são pelo sopro malévolo do vento,empurradas por aquilo,ou aquele,que não vemos mas sabemos existir.É como se o canto mortal e inebriante de uma sereia adentrasse em nossos ouvidos sem que percebamos,e inconscientemente deixamos fluir o que de mais perverso existe em nosso ser,tomados que somos por estranhas e perigosas sensações.Começa ali,nosso caminho pelo o que é misterioso,oculto e perigoso.
Por alguns instantes os sinos ficam em silencio,calam-se as orações,os templos cerram suas portas.Algo de pernicioso esta no ar,cada segundo parece arrastar-se lentamente,Como se a agonizar pelo pavor que carrega.Sonhos são destruídos,vidas são arrancadas,almas são possuídas.
A hora morta parece interminável,E o mais assustador é saber que ela pode durar sessenta minutos,um dia inteiro,ou até mesmo uma vida inteira.    


O Homem e seu tempo

Lúcio Aneu Séneca, um dos mais célebres filósofos estoicos do Império Romano, escreveu em sua obra ``A brevidade da vida´´ que o homem de...