sábado, 10 de dezembro de 2022

Realidade e Emocional.

Com o passar dos anos vamos empilhando experiências de vida, acumulando lições que elas trazem. Uma das primeiras lições que aprendi em minha trajetória é que quando eu estiver abatido, desestimulado, devo tornar-me necessário para alguém. Quando somos indispensáveis para alguém, tudo na vida assume um novo sentido. Lembrando o que disse o professor Mário Sérgio Cortela quando afirmou que ´´a vida é uma estrada de mão dupla, pois é preciso conhecer a tristeza para saber o que é felicidade, é preciso conhecer o barulho para apreciar o silêncio, é preciso conhecer a ausência para valorizar a presença´´. Situações atípicas e sentimentos diversos fazem parte do nosso dia a dia, na maioria das ocasiões por influência de pessoas que estão ao nosso redor. Eventos estes, que provocam em nós reações externas positivas ou negativas. Sejamos verdadeiros em nossas atitudes e pensamentos, muitas vezes escutamos alguém dizer " esta ou aquela pessoa está fora da realidade ", mas a realidade é o que a maioria considera que seja, não necessariamente a melhor ou mais lógica para nós, mas aquela que mais se adaptou aos desejos da sociedade como um todo. É necessário que estejamos preparados para esta realidade seja ela qual for, para isto devemos ter nossas redes de proteção, como em um espetáculo de trapézio onde existe uma rede protetiva, porque por mais habilitados que sejamos para uma determinada tarefa não estamos imunes ao erro. Jamais podemos cair na falsa confiança de achar que se algo fizemos muito bem, não exista a possibilidade de não dar certo. Devemos criar mecanismo reais para salva guardar nossos resultados, e isto jamais será uma fraqueza, mas sim um sinal de inteligência. Jamais podemos alimentar o sentimento de que estamos imunes a esta ou aquela situação. No nosso dia a dia criamos nossas redes protetivas, sejam elas virtuais através de contatos que podem sanar nossas dúvidas, seja por processos contínuos que melhoram nosso desempenho. A sociedade nos mostra que não somos ilha, somos arquipélago, vivemos em grupo. Assim sendo, devemos também desenvolver a faculdade de compreender emocionalmente o outro, e chamamos isto de empatia. Quando transmitimos empatia aumentamos a capacidade de ver tudo que está a nossa volta, analisamos as situações sob outra perspectiva. Quando nos colocamos no lugar do outro compartilhamos desejos, vitórias, e entendemos situações de sofrimento do próximo. Mas até mesmo a empatia tem um limite colocado por ela mesmo. E este é o grande desafio do ser humano, pois são diferentes entre si, são distintos e únicos. Eu jamais sentirei a dor de um outro ser humano porque os mecanismos cerebrais e emocionais que conduzem a dor são individuais. Podemos chorar pela dor de um filho, ou lamentar a dor de um amigo, mas nada muda, este sentimento eu não posso compartilhar com ele além do emocional. A verdade é que cada um carrega sua dor, seu próprio sentimento, sua realidade.

O Homem e seu tempo

Lúcio Aneu Séneca, um dos mais célebres filósofos estoicos do Império Romano, escreveu em sua obra ``A brevidade da vida´´ que o homem de...