domingo, 23 de setembro de 2012

A Conversa

Por que ainda venho aqui? Ao sair sempre me pergunto. Talvez pela infinita admiração que tenho por ti, pelo respeito que tenho pelas tuas opiniões, ou quem sabe somente para contar-te coisas que sei, somente a ti posso contar. Acredito que estando contigo posso ficar, mesmo que por breves instantes, mais próximo de Deus. Minha alma tão carregada de impurezas e pecados pode por alguns momentos ficar alheia aos melindres da consciência.      Instintivamente me ponho a falar tão precipitadamente, que suponho tardas a entender, devido ao redemoinho de acontecimentos que vou misturando e divagando como um delirante interlocutor. Se me queres dar uma resposta ? Não sei. Pois tão entusiasta estou em meus relatos que tempo não te dou sequer para um comentário. O tempo vai rápido e ainda há muito o que contar, sempre vai haver. Enquanto caminho ao teu redor dissertando meus pensamentos mais íntimos,talvez deixando-te estonteante pela minha eloquência,sinto que meu ser parece estar coberto de uma branda paz. E isto me basta. A noite já chegou, tenho que ir. Eu sei, e tu sabes também, que voltarei muito em breve, e muitas outras vezes até que finalmente possa definitivamente morar contigo. O frio da noite esta a gelar meus ossos, afinal os cemitérios são normalmente muito gelados. Até a próxima visita meu amado pai.

O Homem e seu tempo

Lúcio Aneu Séneca, um dos mais célebres filósofos estoicos do Império Romano, escreveu em sua obra ``A brevidade da vida´´ que o homem de...