Selma – Veja amado Anon,a beleza
desta planície ,a paz que ela traz a quem a contempla.
Anon - Sim querida
Selma,contudo ainda me encanto com tua beleza.
Selma – Olha o céu,de um azul sem
igual.
Anon – É de indescritível
beleza,mas nada que poderia eu comparar a ternura de seus olhos.
Selma – Sente em teu rosto,meu
poeta apaixonado,a brisa suave do final da tarde.
Anon – A brisa que me envolve por
completo,e torna-se insignificante quando comparada a alegria de meu coração
quando vejo-te.
Selma – Mas e as flores meu poeta
romântico,elas exalam um inebriante perfume.
Anon – Inebriante e delicioso,linda
Selma,como também é divinal os momentos que passo contigo.
Selma – Jamais pensei,ter um dia
alguém com amor tão profundo por mim,amado Anon.
Anon – Todo meu afeto,meu carinho e
meus versos,a ti reservei,belíssima Selma.
Selma – Impensável seria dividir
este amor com outra mulher.
Anon – Jamais irás dividir meu amor
com quem quer que seja,minha encantadora flor,pois para cada coração,existe uma
forma diferente de amar.
Selma – Disso bem sei,meu amado
poeta,pois desta relva a qual estamos deitados somente eu poderei erguer-me.
Anon – Será que a fraqueza que
repentinamente toma por completo meu corpo,provém desta paixão incontrolável.
Selma – Não meu nobre
cavalheiro,menestrel do amor,o que sentes agora é o amor em forma de veneno que
coloquei em seu copo de vinho.
Anon – Morrer de amor com certeza é
a morte mais bela que um homem pode desejar.
Selma – A ninguém mais recitarás
teus poemas,meu mago dos versos,entrego o homem que mais amo a mais bela
planície que os olhos já viram.
Anon – Que meu amor,amada
Selma,levado pelo eco,chegue em forma de versos aos teus adoráveis ouvidos,que
as flores que aqui crescem exalem o teu perfume ao redor de meu inerte corpo.
Selma - Certo é,que nossa paixão
jamais perecerá,pois fecunda está com o amor mais puro e verdadeiro.
Anon – Se minha vida ser esvai
lentamente por entre os lírios que me rodeiam,minha alma resignada sobe,a
cumprir meu lúgubre destino.