sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Solidão Freudiana
Viver só, ter consigo o comando daquilo que faz, onde vai, sem precisar justificar-se com ninguém, alguns podem chamar isto de liberdade, outros chamam de solidão. Um tema por muitos escritores abordado, mas que até hoje nos coloca em uma posição de interpretação, afinal, seria bom viver só?
Sigmund Freud, um médico neurologista e importante psicanalista austríaco, aborda com muita propriedade este assunto, para Freud, a solidão é uma condição estrutural e ineliminável da existência humana, que se manifesta como a ausência do outro e pode ser uma fonte de sofrimento psíquico, como no caso da melancolia. Ele também reconheceu uma forma positiva de estar só, a solitude, essencial para o trabalho intelectual e as descobertas, e o "isolamento esplêndido" quando ele é quase como uma clausura,
No livro Psiclogia das massas (editora Civilização/2022), o escritor Ricardo Goldemberg faz uma análise sobre a solidão, pela ótica do psicalista Sigmund Freud. Para Freud, a solidão tem uma participação direta quando se fala em sofrimento silencioso, angustiante e depressivo.
Desconexão e isolamento:
A solidão pode ser um sentimento de desconexão e isolamento do mundo e dos outros, um estado que se diferencia do isolamento voluntário (solitude), de acordo com a psicanálise.
Melancolia e perda:
Para Freud, a solidão pode se vincular à melancolia, uma psiconeurose narcísica que envolve o afeto do luto pela perda de algo, como a perda de uma parte do corpo ou de um objeto amado.
Conflito e falta:
A solidão pode simbolizar a falta, revelando a posição desejante do sujeito diante de um vazio que não pode ser completamente preenchido, mesmo em uma sociedade que preza a autonomia.
A solitude, estar só por opção, é como um estado positivo:
Descobertas e criação:
Freud destacou que as grandes decisões no campo do pensamento e as descobertas só são possíveis para o indivíduo que trabalha em solidão, em uma condição de "isolamento esplêndido".
Desenvolvimento do Self:
Autores inspirados em Freud, como D.W. Winnicott, defendem que a capacidade de estar só, ou solitude, é um sinal de maturidade emocional.
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