quinta-feira, 27 de novembro de 2025

O lado sombrio do inconsciente.

Todos temos uma sombra dentro de nós, uma sombra obscura, secreta e perigosa. A sombra é aquilo que não queremos que os outros saibam, coisas que ocultamos, coisas sobre as quais mentimos, não somente aos outros, mas a nós mesmos. São como criaturas que saem de uma caverna, no meio da noite, mostrando seu lado obscuro, intrínseco, dentro de nós, e que tentamos esconder a qualquer preço. E isto nos foi ensinado desde a idade muito tenra, que não são aspectos aceitáveis para quem julgamos ser, Para priorizarmos o lado brando da alma, precisamos conhecer o outro lado, e só assim encontraremos o equilíbrio entre as duas partes. A sombra interior aparece de várias maneiras, desde a desonestidade nos negócios, até uma simples bebedeira, mentir em uma entrevista de trabalho, gastar mais do que ganha, sabendo que não poderá pagar, trair a confiança da família, quando agredimos nossos filhos, ou abusamos verbalmente de nossa parceira(o), quando roubamos a ideia inovadora de nosso colega, e afirmamos ser nossa, e muitas outras atitudes que nos deixariam envergonhados, se fossem reveladas. A sombra interior é constituída dos pensamentos, emoções, e impulsos que julgamos dolorosos demais, constrangedores, desagradáveis, para serem aceitos até por nós mesmos, por isto nossa decisão de que fiquem ocultos, na região sombria do nosso inconsciente.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Corpo e espírito ( agostinho de Hipona)

A relação entre corpo e espírito, para Agostinho de Hipona (Santo Agostinho), está na superioridade do segundo sobre o primeiro. O ser humano, através do livre arbítrio, costuma subverter totalmente essa relação, deixando com que o que é material seja mais importante que a alma. Para Agostinho, o corpo está hierarquicamente superior ao espírito, de modo que pode notavelmente controlá-lo por meio de ações e pensamentos, tal aspecto conduzindo os homens inclusive à subversão, haja vista que os desejos carnais falariam mais alto que a santidade da alma. O filósofo é reconhecidamente um dos principais pensadores ainda na época da fundamentação do cristianismo, trazendo estudos que ajudavam a entender os processos pecaminosos que corrompiam os homens e apontando a palavra sagrada como o caminho da santificação.

domingo, 23 de novembro de 2025

Espelho de Sentimentos

Existem muitos sintomas(dores) que afetam a nossa estrutura interna, nosso subconsciente, mas que, em algumas situações se tornam quase imperceptíveis externamente. Entre eles está o sentimento de sentir-se traído(a). A traição acontece quando alguém nos decepciona, quebrando uma expectativa ou regra estabelecida em relacionamentos, sejam eles amorosos, profissionais, ou em outro campo qualquer de nossa vida, a traição consiste na infidelidade, tanto no ambiente interno, como no lar, como no externo, trabalho ou amigos. Sigmund Freud ( 1859/1939) Sigmund Freud foi um médico neurologista e importante psicanalista austríaco. nos ensina que o desejo humano é atravessado pelo inconsciente, muitas vezes agindo sem medir as consequências. Mas quando a traição vem à tona, a confiança se rompe, e a reconstrução se torna um processo delicado, e árduo. Mesmo que não seja percebido externamente, não esteja explícito no dia a dia, o nosso EU, buscando forças para continuar racional e controlado. Se internamente estamos em prantos, externamente mostramos sorrisos. Seja na literatura, ou na vida real, seja uma traição, ou qualquer outro tipo de sentimento, sempre existirá emoções que se refletirão somente no espelho da alma.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Falando Sobre Vaidade.

A palavra vaidade vem do latim vanitas, que significa qualidade do que é vão, fútil e ilusório. Já o dicionário define vaidade como presunção, frivolidade e orgulho injustificado. No fundo, a vaidade revela fragilidade, uma vez que o vaidoso vive em função da aprovação alheia. Agostinho de Hipona, conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo( 354/430), nos alerta que a vaidade leva ao vazio e à separação de Deus. A busca por prestígio, por meios dos bens transitórios, apenas aumenta o sentimento de insatisfação e nos afasta da verdadeira felicidade, que só pode ser encontrada em Deus. O apego às glórias mundanas cria um desvio que impede a alma de atingir seu fim último: o repouso em Deus. “Não seja vã, ó minha alma, nem ensurdeças o ouvido do coração com o tumulto de tua vaidade. Blaise Pascal, matemático, escritor, físico, inventor, filósofo e teólogo francês (1623/1662) em sua obra  Pensées, também reflete sobre a vaidade, considerando-a uma expressão da fraqueza e da miséria humana. Para Friedrich Nietzsche. filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX ( 1884/1900), o sentimento mais vulnerável, e no entanto, o mais invencível é certamente a vaidade humana. Sua intensidade cresce mesmo quando a alma está ferida, e aos poucos torna-se gigantesca. Filosoficamente falando, a vaidade pode se referir a um senso mais amplo de egoísmo e orgulho.

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Filosofia do Niilismo

Niilismo filosófico O Niilismo uma concepção filosófica baseada na ideia de não haver nada, ou nenhuma certeza que possa servir como base o conhecimento. Ou seja, nada existe de fato. Assim, em sua extensão para o existencialismo, o niilismo é a compreensão de que a vida não possui nenhum sentido ou finalidade. O conceito está pautado na subjetividade do ser, onde não existe nenhuma fundamentação metafísica para a existência humana. Ou seja, não há “verdades absolutas” que alicercem a moral, os hábitos ou as tradições. Do latim, o termo “nihil” significa “nada”. Trata-se, portanto, de uma filosofia, que apoiada ao ceticismo radical, é destituída de normas, indo contra os ideais das escolas materialistas e positivistas. Note que o termo niilismo é utilizado de diferentes maneiras, pois para alguns estudiosos, é um termo negativo, pessimista, associado à destruição e negação de todos os princípios (sociais, políticos, religiosos). Já para outros filósofos, a essência do conceito, se observada de maneira mais minuciosa, pode levar a libertação do ser humano. Filósofos Niilistas Os principais filósofos alemães que abordaram e se aprofundaram sobre o tema do niilismo foram: • Friedrich Schlegel (1772-1829) • Friedrich Hegel (1770-1831) • Friedrich Nietzsche (1844-1900) • Martin Heidegger (1889-1976) • Ernst Jünger (1895-1998) • Arthur Schopenhauer (1788-1860) • Jürgen Habermas (1929-) O Niilismo de Nietzsche Por meio da corrente niilista, o filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche, propõe a “ausência de sentido” atrelado ao conceito de “homem com poder”. Eles surgem a partir da “Morte de Deus” e da libertação do sujeito à moral de rebanho. Dessa maneira, estando os homens destituídos de normas, crenças, dogmas, tradições, eles regerão suas vidas. Isso resultará na criação de “homens novos” por meio do que ele denomina de “vontade de potência”. De tal modo, o poder e os valores, fruto das instituições (religiosas, sociais e políticas) tornam-se inexistentes. Surge assim, um homem livre, e não corrompido por qualquer tipo de crença, o qual realiza suas próprias escolhas. Quando o “Homem com poder” determinado por Nietzsche, adquire esse poder, ocorrerá a transvaloração de todos os valores e poderá "viver a vida como obra de arte". O Niilismo não é somente um conjunto de considerações sobre o tema 'Tudo é vão', não é somente a crença de que tudo merece morrer, mas consiste em colocar a mão na massa, em destruir. É o estado dos espíritos fortes, e das vontades fortes, do qual não é possível atribuir um juízo negativo: a negação ativa corresponde mais à sua natureza profunda. (Nietzsche, Vontade de Potência) Niilismo existencial O niilismo existencial é como é chamado a pensamento da corrente francesa do existencialismo, sobretudo, em Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Albert Camus. Segundo esses pensadores, a vida é baseada no nada, não possui nenhum sentido, significado ou propósito. Cabe ao sujeito aceitar essa condição e tornar-se responsável pela construção da sua existência. A negação é o Deus dos existencialistas. (Albert Camus, O Mito de Sísifo) Fonte para pesquisa:Site: todamateria.com.br/filosofia.

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Onde estão meus amigos?

Estamos deixando de ter amigos para ter contatos, conexões, redes, grupos e, mais recentemente, assistentes virtuais que nos ouvem sem julgamento”, conforme afirmou Ingrid Gerolimich, psicanalista, socióloga, documentarista e comentarista sobre temas da atualidade, com contribuições em veículos como Revista Cult, UOL, Revista Marie Claire, Fórum e Carta Capital, a recessão de amizade não é um acidente histórico, mas uma consequência da forma como vivemos e organizamos nossas prioridades. O tempo, bem escasso na lógica produtivista, é devorado pelo trabalho, pelas tarefas domésticas e pela manutenção da persona digital — deixando pouco espaço para a construção lenta e cuidadosa das amizades verdadeiras. O filósofo Platão definiu a amizade como “a predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro”, Agostinho de Hipona afirmava que “o ser amigo nos funde na amizade do ser; os amigos são uma só alma” e Aristóteles parece fundir os dois pensamentos: “a amizade é uma alma com dois corpos”. Pitágoras falava de que era “amigo da filosofia”, assim surge a composição de philos e sophia, ressaltou por um pensador contemporâneo: “A intimidade entre amizade e filosofia é tão profunda que esta inclui o philos, o amigo, no seu próprio nome e, como muitas vezes acontece em toda proximidade excessiva, arrisca não conseguir distinguir-se” (AGAMBEN, 2007, p. 1). Foi Aristóteles em Ética a Nicómaco dedicou dois livros ao estudo da philia e da amizade, que definiu a amizade em três tipos: aquela por prazer, por interesse e a amizade verdadeira, a primeira é fácil de identificar por é a busca do prazer recíproco, a segunda por que são úteis entre si, e a terceira, é possível entre homens bons porque desejam o bem por si mesmo e não colocam o prazer nem o interesse acima da amizade. Fonte para pesquisa: https://blog.marcosmucheroni.pro.br/o-que-e-amizade-na-filosofia/

Universo Fragmentado

O que chamamos de "mente fragmentada"? Múltiplas personalidades, mentes fragmentadas, ou universos fragmentados. O transtorno dis...